Nota Solta #65 — Retrospetiva de maio '25 (+) Recomendações para junho’25
Conteúdos que possam vir a apreciar tanto quanto eu
Aconteceram muitas coisas belíssimas em maio. Tirando as alterações loucas de temperatura e o desastre das eleições, foi um mês de muito convívio, de descobertas e de morangos. Aos poucos, tenho voltado a explorar receitas diferentes nas folgas, algo de que sentia muita falta há anos: o ato de me divertir na cozinha. A aventura mais recente foi um cheescake de frutos vermelhos, uma das sobremesas favoritas do JR. Para uma primeira vez, ficou divinal! Não só acertei na textura do recheio, como preparei uma compota agridoce que casou com a doçura da sobremesa. Guiei-me pela receita deste site.
Outra coisa muito fixe de maio foi ter conhecido a
e a sua filha Teresa. Nunca é demais ressaltar que o staff do How About Coffee recebeu-nos muito bem…mas aquele cafézinho é uma desilusão. Podem ir pelas torradas, o brownie e a esplanada interior…mas fujam do café!Sinto uma estranheza de todas as vezes em que volto para a casa B. Não por me parecer estranha, fora do normal, mas pela calma que perco de vista nos dias em que estou atarefada com o trabalho, os parágrafos pendentes da dissertação e as ideias para projetos vários. Na casa B, permito-me relaxar, algo que, curiosamente, não conseguia fazer quando lá vivia a tempo inteiro. É bom viver experiências que nos permitam desenvolver perspectivas diferentes ao longo do tempo.
Algures no tempo, pausei um episódio de “Under the Bridge” para poder comparecer numa chamada online e, posteriormente, continuar a escrever este texto. Embora não seja uma série que possa recomendar para já (não obstante a quantidade de insights que já tive sobre a fase da adolescência e o peer pressure), há outros conteúdos que quero partilhar convosco. Coisas que vi, li, escutei e fiz, pequenas sugestões para o mês que se avizinha e nos traz o verão. Sendo que é uma publicação mista, vou falar sobre os temas que normalmente abordo nas retrospectivas mensais, mesclando-as com as recomendações para junho. Vamos lá?
▬ Leitura do mês
Esta secção inclui links de afiliado. Assim, por cada compra que fizeres com os links apresentados, ajudas-me ainda mais com o meu trabalho. Obrigada!
“What you are looking for is in the library” - um livro de conforto que, a cada capítulo, dá-nos a conhecer a história de pessoas diferentes que frequentam a mesma biblioteca do bairro. Entre estantes várias, livros que guardam orientações e quotidianos com os quais nos conseguimos identificar, revi-me em todas as questões existenciais destas personagens, colhendo insights que me inspiram até hoje.
“Days at the Morisaki Bookshop” - queria que assim não o fosse, mas concordo com as reviews do Goodreads: a primeira parte deste livro é muito melhor do que a segunda. Além de haver mais profundidade, há uma lógica que justifica as escolhas das personagens. Na segunda parte, porém, é como se as tramas se soltassem, deixando de fazer sentido. Ainda assim, é outro livro que nos aconchega o coração.
▬ SÉRIES
“Castlevania” - a história do Drácula em versão animada, com muita ação e reviravoltas que nos instigam a devorar os episódios.
“The Mandalorian” - protagonizado por Pedro Pascal, conta as aventuras de algumas personagens de Star Wars e que me têm deixado curiosa acerca deste universo.
▬ NO YOUTUBE
Há anos que consumo conteúdo literário. Houve um período, no entanto, em que fiz uma pausa indeterminada, talvez pela impossibilidade de, na altura, não poder ler com tanta frequência. Agora com o Kobo, sinto que já posso dar asas a este consumo que tanto adoro. Gosto das recomendações que fazem, dos vlogs de leitura, das críticas cirúrgicas e dos desafios que nos proponhem. Ultimamente, tenho seguido os vídeos da Bruna Krug, da Arieska Meurer, do Palavras Radioativas e do Livraria em Casa. A cada vídeo, fico com vontade de investir no meu canal (que, de momento, só tem os episódios do Congresso Botânico). Seria incrível apostar em videocasts enquanto pinto. Quem sabe um dia!
▬ PODCASTS
A caminho do trabalho, voltei a ouvir o podcast da Bruna Martiolli, o “É tempo de morangos”. Gosto tanto de ouvi-la, não só pela calma que transmite, como pelo conhecimento que carrega e o humor que a acompanha. Se ainda não conhecem, é o momento certo!
▬ AQUI NO SUBSTACK
▬ E PARA FAZER?
Vindo de mim, é de desconfiar, mas nunca deixo de aconselhar retirarem um momento para pintar. Seja numa tela de 10*10cm, 60*90cm ou maior, apenas pintem. Expressem-se através das tintas, brinquem, explorem. Não há formas certas ou erradas para pintar, basta a curiosidade e a vontade.
Falo de pintar como de experimentar uma receita nova. A 26 de maio, fiz panquecas de aveia e morangos para o pequeno-almoço. Caprichei na decoração, há imenso que não fazia esta receita e deixou-me particularmente feliz ter acertado nas medidas e na consistência da massa. Embora o Imperium Blog seja o sítio onde costumo partilhar as minhas experiências culinárias, abrirei uma excepção!
Panquecas de aveia e morangos
Ingredientes:
1 ovo
Bebida vegetal (ou leite de vaca)1
1 colher de sopa de farinha de arroz
2 colheres de sopa de farinha de aveia2
Canela q.b.
Mel q.b.
1 colher de chá de fermento
Morangos cortados a gosto (tiras, palitos, cubos, fatias, you name it)
Chocolate em barra derretido em banho-maria (ou no microondas, por 10-20 segundos, com um pouco da bebida escolhida)
Modo de preparo:
Numa taça, misturar os ovos, a bebida vegetal, o mel e a canela;
Adicionar a farinha aos poucos, até a mistura ficar homogénea;
Acrescentar o fermento e envolver cuidadosamente;
Untar uma frigideira quente com manteiga e, com uma colher de sopa, dispor a quantidade de massa desejada3;
Deixar cozer por 3 minutos em lume brando, virar e deixar dourar;
Cobrir o topo de cada panqueca com o chocolate, empilhá-las e cobrir com os morangos e o chocolate;
Degustar com um cházinho, um café ou um batido de frutas.
Pela cidade, duas coisas que me são óbvias: ir à praia e visitar um jardim, uma mata ou um parque: em Monsanto ou na Serra de Sintra serão sempre acolhidos! Se não querem estar na rua, preferindo eventos em comunidade, os eventos do Lisbon Drawing Club, clube de desenho que conta com vários outros: no Barreiro, Porto, Cascais e em Castelo Branco.
Na impossibilidade horária de me juntar aos infinitos cursos de verão da NEXTART, nada me impede de vos dar a conhecer o seu programa para as próximas semanas. Não quero fazer promessas a mim mesma, mas ando de olho nos cursos de Escrita Criativa e de Pintura Abstrata, ambos no mês de agosto. Falo com certezas sobre a qualidade desta escola por já lá ter estudado durante um semestre (na sequência de um giveaway que ganhei na página do seu Instagram). Além de profissionais acolhedores, o espaço é muito limpo e arrumado, convidativo para os dias em que o que mais queremos é relaxar a cabeça com uma atividade artística.
▬ Uma conquista (dentro ou fora das metas’25)
Voltar a fazer terapia, após a minha psicóloga anterior mudar de área profissional. Foram meses a pesquisar por um/a profissional com o/a qual me identificasse: finalmente conheci-a!
▬ 1 fotografia
Tirei poucas fotos ao longo do mês. Ainda assim, consegui encontrar uma que merece estar aqui: detalhes de uma árvore que cresce perto da casa B, das poucas sombras4 que encontrei num domingo de muito calor, antes de realizar a primeira entrevista para a dissertação.
▬ 1 aprendizagem
Tão cedo não volto a fazer tranças coladas à cabeça. Pensei que a ideia seria boa, mas detestei a experiência. Não que estivessem feias, a verdade é que não me identifiquei de forma alguma. Entretanto, já troquei para tranças soltas brancas.
A retrospetiva deste mês foi um pouco diferente do habitual, no entanto, às vezes é bom sair da bolha e fazer algo diferente. Caso tenham alguma recomendação para os dias que se seguem, deixem nos comentários!
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A quantidade de bebida depende da consistência que desejam. Se for para panquecas, e com esta quantidade de farinha, aconselho que seja o equivalente ao tamanho do ovo (metade de uma chávena de café). Se preferirem crepes, de uma a uma chávena e meia de bebida vegetal (ou leite de vaca).
Estas farinhas podem ser substituídas por qualquer outra. Se usarem farinha de trigo (branca ou integral), usem 3 colheres de farinha.
Se quiserem panquecas pequenas, uma colher de sopa de massa por panqueca. Para panquecas maiores, entre duas e três colheres de sopa da mistura.
As sombras na cidade são algo de que se fala muito pouco… Julgo, até, que grande parte dos arquitetos-urbanistas-paisagistas perderam o tacto para com os detalhes simples que fazem toda a diferença numa cidade. É o bastante para sentirmos um desconforto tal no meio da rua que a única solução é procurar abrigo numa loja, em casa, etc.. Às tantas, é propositado para beneficiar o consumo nas superfícies comerciais, ou afastar o convívio das ruas.
Gostei imenso das recomendações e vou guardar a receita das panquecas. O João faz panquecas muito bem, tenho que lhe pedir para experimentar a tua receita